Marcos do Val pede votação de requerimento sobre bloqueio de contas

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) pediu em pronunciamento nesta terça-feira (5), para que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, paute em Plenário o requerimento do líder do Podemos, Rodrigo Cunha (AL), sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em relação a Marcos do Val. Em 7 de agosto, Moraes determinou o bloqueio das contas do senador, que é investigado por supostamente atacar nas redes sociais delegados da Polícia Federal que investigaram o ex-presidente Jair Bolsonaro. 
— Eu estou sem salário, meu gabinete só tem 30% para receber de orçamento para poder pagar as verbas de gabinete. Não estamos conseguindo manter, no estado e aqui, o aluguel e tudo o mais do gabinete. Então, eu peço, pelo amor de Deus, para o senhor, como medida de urgência. A maioria dos senadores já subscreveram, ou seja, já decidiram que estão favoráveis ao que está acontecendo, à queda das liminares. […] É questão de sobrevivência e de eu poder ter a mesma autonomia que todos os senadores têm, de poder exercer o cargo de Senador da República com os direitos que o art. 53 nos concede — ressaltou Marcos do Val.
O requerimento foi feito com base no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 5.526, em que o STF teria decidido por maioria que qualquer medida que possa interferir no pleno exercício do mandato parlamentar deve ser submetida às respectivas Casas Legislativas. 
Pacheco
Em resposta, Pacheco afirmou estar cuidando do caso e pediu que Marcos do Val aguarde o encaminhamento da Mesa do Senado. O presidente ressaltou que o requerimento é inusitado e que o Senado não tem experiência com esse tipo de pedido.
— Eu considero que deve ser um tema a ser tratado em reunião da Mesa Diretora do Senado, com a participação da Advocacia do Senado, que inclusive tem cuidado da busca da defesa das prerrogativas de V. Exa. no Supremo Tribunal Federal; e que é uma questão que eminentemente tem afeição à Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal. Desse modo, não obstante haja as assinaturas de apoiamento, é preciso ter uma avaliação sobre procedimento e o próprio encaminhamento de mérito, sob pena de algo ser votado e eventualmente não ser reconhecido sob o ponto de vista jurídico. […] Peço apenas paciência, para que possamos ter um encaminhamento que seja assertivo, que seja eficiente e que solucione efetivamente o problema.

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Projeto permite gravação, pelas partes, de audiências em processo penal

As audiências em processo penal poderão ser gravadas pelas próprias partes, independentemente de autorização judicial. É o que prevê o Projeto de Lei (PL) 3.868/2024, do senador Castellar Neto (PP-MG), que altera o Código de Processo Penal. 
O projeto é inspirado no Código de Processo Civil, que permite a gravação das audiências por qualquer das partes. O senador ressalta que a medida aprimora a defesa e o contraditório, permitindo que as partes tenham acesso a registros fiéis das audiências. Mas ele observa que essas gravações devem ser ostensivas, garantindo também o sigilo necessário para proteger os direitos à imagem e à intimidade da vítima. Por isso o texto prevê salvaguardas para proteger os direitos individuais, deixando ao juiz a prerrogativa de avaliar, caso a caso, a divulgação das gravações, para proteger assim direitos constitucionais.
“No nosso entendimento, deve ser garantida a possibilidade de gravação da audiência pelas partes, tanto no âmbito do processo civil quanto no processo penal”, afirmou Castellar.
Hoje o artigo 405 do Código de Processo Penal permite a gravação dos depoimentos só pelo órgão judicial. Com a proposta, disse o senador, espera-se que a gravação das audiências pelas partes fortaleça a transparência e credibilidade do sistema judiciário. 
A projeto é uma resposta a uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, em 2022, negou a aplicação subsidiária do Código de Processo Civil ao Código de Processo Penal, alegando que a gravação deveria ser feita exclusivamente pelo órgão judicial. O projeto permite que as partes tenham a mesma liberdade já garantida no processo civil.
O projeto prevê salvaguardas para proteger os direitos individuais, dando ao juiz o poder de avaliar, caso a caso, a divulgação das gravações, para proteção de direitos constitucionais.

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Senado vota crédito para reparo de prédios públicos no Rio Grande do Sul

O Senado analisar nos próximos dias a Medida Provisória (MP) 1.243/2024, que abre crédito extraordinário de R$ 27,1 milhões para reparo de danos em sedes regionais da Justiça do Trabalho e do Ministério Público em razão das enchentes de maio no Rio Grande do Sul.
Aprovado pela Câmara dos Deputados na segunda-feira (4), o texto determina que o dinheiro será destinado à substituição de equipamentos e mobiliários, além dos reparos na infraestrutura dos prédios afetados. De acordo com o governo, quatro dos seis prédios do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região em Porto Alegre foram danificados pelas enchentes.
Outros imóveis atingidos incluem os da Procuradoria da Justiça Militar de Porto Alegre, do Ministério Público Federal, da Procuradoria Regional da República da 4ª Região e da Procuradoria da República no Rio Grande do Sul.
Calamidade pública
Em razão de serem gastos emergenciais e imprevisíveis decorrentes de estado de calamidade pública, os recursos direcionados ao Rio Grande do Sul não têm impacto na meta fiscal do governo para 2024.

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Vídeo: Votação da reforma tributária deve ser concluída em dezembro, diz Pacheco

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, participou nesta terça-feira (5) do 2º Simpósio Liberdade Econômica. O evento reuniu empresários, acadêmicos e parlamentares para debater a regulamentação da reforma tributária,. Pacheco disse esperar que o PLP 68/2024, encaminhado ao Congresso pelo Poder Executivo para regulamentar a Emenda Constitucional 132, da reforma tributária, seja aprovado pelo Senado até o fim do ano.

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Áudio: Adiada votação do projeto que regulamenta mercado de carbono

O Senado adiou para terça-feira (12) a votação da proposta que estabelece o mercado de créditos de carbono (PL 182/2024). O Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa permitirá que empresas, instituições e orgãos públicos comprem créditos ligados a ações de preservação ambiental para compensar suas emissões de gases poluentes. Para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o adiamento vai permitir o amadurecimento da proposta. A relatora, senadora Leila Barros (PDT-DF), pediu um compromisso da Câmara dos Deputados em votar a matéria ainda este ano.

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Áudio: Aposentadoria especial para atletas é aprovada na Comissão de Esporte

A Comissão de Esporte do Senado (CEsp) aprovou no dia 30 de outubro um projeto de lei que determina a aposentadoria especial para atletas profissionais de todas as modalidades (PLS 279/2015). A proposta, de autoria do senador Romário (PL-RJ), reconhece as exigências físicas e mentais suportadas pelos atletas e prevê uma proteção previdenciária que assegure uma aposentadoria antecipada, justa e adaptada às especificidades da carreira. O relator, senador Carlos Portinho (PL-RJ), destacou a importância da medida para a integridade e segurança dos esportistas. A proposta seguiu para votação na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

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Projeto abre crédito de R$ 94,3 milhões para ministérios

O Congresso Nacional está analisando um projeto que que abre crédito suplementar no Orçamento de 2024 no valor de R$ 94,3 milhões para diversos órgãos do Executivo (PLN 35/2024). Os recursos serão obtidos com remanejamentos internos, sem afetar a meta de resultado fiscal. A matéria será votada primeiro na Comissão Mista de Orçamento (CMO) e depois em sessão conjunta do Congresso.
A maior parte desses recursos (R$ 61 milhões) vai para o Ministério do Desenvolvimento Agrário, para a viabilização de parcerias e estudos para ampliar o impacto das políticas de abastecimento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O Ministério da Justiça e Segurança Pública vai receber R$ 10,5 milhões. O valor será destinado a pagamento de despesas com aparelhamento e modernização operacional da Polícia Federal, escolta de autoridades e da Presidência da República, custeio de atividades da polícia judiciária, pagamento de despesas de manutenção, contratos terceirizados, diárias e passagens.
O Ministério da Defesa vai receber R$ 4 milhões para a regularização de contratos de financiamento da Caixa de Construções de Casas para o Pessoal da Marinha (CCCPM). Já o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome vai ficar com R$ 3,4 milhões — valor que será destinado ao desenvolvimento do Prontuário Suas. Outros órgãos beneficiados são a Presidência da República, o Ministério do Esporte e a Advocacia-Geral da União (AGU).
Com informações da Agência Câmara

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Áudio: Livraria do Senado volta à Feira do Livro de Porto Alegre após enchentes do RS

A 70ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre conta com um estande da Livraria do Senado com mais de 200 títulos disponíveis a preço de custo. A decoração do estande é alusiva ao bicentenário da Casa Legislativa e buscou valorizar, em seu desenho, a riqueza cultural e arquitetônica da Praça da Alfândega, onde acontece a Feira. A diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, lembra que, há poucos meses, o lugar estava embaixo d’água, por causa das enchentes que atingiram o estado. Para Ilana, a realização da Feira do Livro este ano é uma demonstração da resiliência do povo gaúcho.

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EBC: representantes apontaram falta de recursos e desvalorização do jornalismo

Representantes dos trabalhadores da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) relataram nesta segunda-feira (4) os problemas enfrentados nos últimos anos pela estatal, como a falta de trabalhadores e a desvalorização do jornalismo na empresa pública, que reúne veículos como a TV Brasil, a Rádio Nacional e a Agência Brasil. A situação dos trabalhadores, que motivou uma greve  no início de outubro, foi um dos pontos debatidos durante a audiência pública no Conselho de Comunicação Social (CCS).
O debate foi pedido em outubro pelos conselheiros Edwilson da Silva, representante da categoria dos radialistas; Maria José Braga, que representa os jornalistas; e Davi Emerich, representante da sociedade civil, após notícias sobre a falta de investimento na empresa e sobre as demandas dos trabalhadores.
A primeira a falar foi a diretora-geral da EBC, Maíra Bittencourt. Durante a sua exposição, ela citou conquistas da empresa, como a Agência Gov, para separar a comunicação pública feita pela Agência Brasil da comunicação governamental. Além disso, citou avanços nos perfis dos veículos da empresa nas redes sociais e o esforço para fechar parcerias com TVs públicas locais.
— No início do ano passado, nós tínhamos 62 parcerias em TV. Chegamos a 2024 com 122 parcerias para operação com TV. Em rádio, esse número é ainda mais expressivo. No início de 2023 eram só 34 e, hoje, nós temos 158 parcerias firmadas — comparou.
Ela também informou que a empresa está, apesar das dificuldades orçamentárias, trabalhando em processos como o da retomada da participação social, já que o conselho curador foi extinto em 2016, por medida provisória do então presidente Michel Temer. Outro tema em discussão pela empresa é a TV 3.0, terceira geração da emissora de televisão, que deve proporcionar aos telespectadores mais interatividade e conexão.
Apesar de avanços em algumas áreas da empresa, o jornalismo passa por um período de “agonia” na visão da jornalista Akemi Nitahara, representante da Frente em Defesa da EBC. Entre os problemas apontados por ela estão: a retirada dos jornais locais da grade, a redução do espaço do jornalismo de rádio, a restrição nas viagens para coberturas relevantes para o país e a falta de planejamento em grandes coberturas, como é o caso das eleições.
Nitahara também citou a perseguição a trabalhadores que sugerem mudanças e a transferência de cargos da área jornalística para outros setores da empresa. Muitos colegas, segundo a representante, enfrentam quadros de burnout em função da sobrecarga de trabalho gerada pela falta de trabalhadores. Ela relatou que a empresa prejudica os trabalhadores da atividade-fim, como é o caso dos jornalistas. Isso ocorre porque, de acordo com Nitahara, a EBC quer pagar menos a trabalhadores que, por lei (CLT – Decreto-Lei 5.452, de 1943), têm direito reconhecido à jornada reduzida.
— Os jornalistas têm uma carga horária diferenciada de cinco horas por dia desde a CLT, de 1943. É uma conquista histórica da categoria (…) É muito desgastante o trabalho de jornalista: tem que ficar na rua, sob sol, sob chuva, esperando autoridade na calçada, sem almoço, sem banheiro, sem água, sem acesso a nada. (…) Ainda querem refletir isso no salário dos jornalistas, fazendo os jornalistas ganharem menos do que a área-meio da empresa — afirmou.
Concurso
A falta de trabalhadores também foi um problema apresentado por Thiago Interaminense, representante dos empregados no Conselho Administrativo da EBC. Ele afirmou que projetos como a TV Internacional ou qualquer outro relevante para a empresa não é possível sem investir nos empregados da EBC. O representante dos empregados cobrou a realização de um concurso público para recompor a força de trabalho da empresa, que atualmente tem cerca de 1,6 mil trabalhadores.
— Nós perdemos cerca de 700 empregados durante sete anos. A gente teve dois programas de demissão voluntária, um na época do presidente Temer e outro na época do presidente Bolsonaro. E a gente teve uma defasagem de 700 pessoas, ou seja, perdemos 700 trabalhadores que faziam comunicação pública. Hoje nós queremos operar, digamos assim, o grande aparelho que é a EBC, mas sem pessoal — lamentou Interaminense.
De acordo com o representante dos empregados, a empresa sofreu seis anos com os ataques à comunicação pública e precisa urgentemente de investimento em tecnologia, nas pessoas e na sua infraestrutura. Ele reconheceu que houve, como relatou a diretora, aumento na produção. Mas afirmou que a operação dessa produção se dá, atualmente, de forma precária, com a extinção da empresa em estados como Maranhão e a redução do quadro em outros locais como Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.
O conselheiro José Antônio de Jesus da Silva, representante da categoria dos radialistas, afirmou que a nova gestão da empresa tem como desafio reconstruir a EBC Maranhão como uma política pública. Ele também cobrou investimentos nas rádios das Regiões Norte e Nordeste.
A conselheira Maria José Braga, representante dos jornalistas, afirmou que a discussão do jornalismo, da cultura e do entretenimento não pode ser desvinculada da valorização dos trabalhadores. Ela criticou a terceirização da atividade-fim da EBC, defendeu a realização de um concurso público, além de lembrar que a greve, que ocorreu no início de outubro, é um direito dos trabalhadores da empresa.
— Ninguém quer greve. Mas greve é um direito do trabalhador, é direito da organização e é um último recurso. Nós vamos estar trabalhando e atentos, podendo, sim, utilizar o nosso último recurso em defesa da categoria dos jornalistas e dos demais trabalhadores — posicionou.
Representantes da sociedade civil, Davi Emerich e Marcus Benett, fizeram questionamentos sobre os planos da empresa no que diz respeito ao modelo de financiamento e aos investimentos. Eles também defenderam a valorização do jornalismo na EBC. Para Emerich, é preciso investir no jornalismo, que busque informações na rua e combata as notícias falsas, em vez de apenas emitir opiniões de dentro do estúdio.
O presidente do Conselho de Comunicação Social (CCS), Miguel Matos, afirmou que o interesse do colegiado é sempre melhorar a comunicação pública. Para ele, o CCS não é o local mais apropriado para algumas das questões discutidas na audiência. Mas disse acreditar que, ainda assim, todas essas questões convergem para a qualidade da comunicação pública.
— Esse é o lugar onde nós podemos ajudar a tentar fazer uma certa pressão, tentar ajudar com que se tenha um modelo que funcione, independentemente do governante da ocasião — disse.
Anteprojeto
Na mesma reunião, o CCS aprovou a redação final do anteprojeto de reformulação da sua composição.  O texto aumenta a participação da sociedade civil e contempla setores da comunicação não incluídos na lei que deu origem ao colegiado (Lei 8.389, de 1991). As alterações já haviam sido aprovadas em reuniões anteriores, e os conselheiros aprovaram a versão final, que deve ser entregue ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
O CCS é um colegiado do Congresso Nacional responsável por estudos, pareceres, recomendações e outras solicitações a respeito do tema da comunicação social no Brasil. Os conselheiros são eleitos pelo Congresso entre nomes indicados por entidades representativas dos setores da comunicação social. Dos atuais membros titulares da CCS, três representam empresas de comunicação (rádio, televisão e imprensa escrita) e cinco representam os trabalhadores da comunicação. Os cinco membros restantes são representantes da sociedade civil. 

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Áudio: Plenário votará regulamentação do mercado de carbono e conscientização sobre Parkinson

O Plenário do Senado deverá votar nesta terça-feira (5) a regulamentação do mercado de carbono (PL 182/2024), que vai permitir que empresas e países compensem as emissões do gás do efeito estufa acima do estabelecido no Protocolo de Kyoto comprando certificados de preservação daqueles que preservaram o meio ambiente. O vice-líder do governo, senador Otto Alencar (PSD-BA), destacou que o projeto vai ajudar na preservação das florestas, que vão virar ativos se preservadas. Também está na pauta a criação do Mês de Conscientização da Doença de Parkinson com ações ao longo de abril (PL 2.434/2019).

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