Definidos os integrantes da Comissão Representativa do Congresso Nacional

O Senado indicou nesta terça-feira (17) os nomes dos senadores que irão compor a Comissão Representativa do Congresso Nacional — que irá atuar durante o período de recesso parlamentar: de 23 de dezembro de 2024 a 1º de fevereiro de 2025. Os nomes foram encaminhados à Mesa Diretora pelas lideranças partidárias da Casa.
A comissão será composta pelos senadores Nelsinho Trad (PSD-MS), Vanderlan Cardoso (PSD-GO), Jaques Wagner (PT-BA), Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), Efraim Filho (União-PB), Confúcio Moura (MDB-RO), Izalci Lucas (PL-DF), Carlos Viana (Podemos-MG), Marcos do Val (Podemos-ES), Esperidião Amin (PP-SC) e pela senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO).
Prevista no artigo 58 da Constituição, a comissão representativa atua em situações emergenciais e pode até, em caráter excepcional, votar projetos de lei com prazo vencendo durante o recesso, créditos orçamentários já examinados pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) ou tratados internacionais cuja deliberação não possa aguardar o fim do recesso parlamentar.

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Áudio: Vai à promulgação MP de ajuda a produtores rurais gaúchos

O Senado aprovou nesta terça-feira (17) uma medida provisória que liberou o valor de R$ 1,976 bilhão para operações oficiais de crédito em programas ligados à agropecuária sustentável, agricultura familiar e agroecologia no Rio Grande do Sul (MP 1.254/2024). As verbas fazem parte do crédito disponibilizado em função do estado de calamidade pública decretado no estado, quando fortes chuvas atingiram todas as regiões do Rio Grande do Sul nos meses de abril e maio deste ano. 

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Cleitinho critica suspeitas de extorsão na CPI das Bets

O senador Cleitinho (Republicanos-MG) subiu à tribuna do Senado nesta quarta-feira (10) para cobrar esclarecimentos sobre denúncias envolvendo a CPI das Bets. O parlamentar destacou que as suspeitas de extorsão por lobistas contra possíveis depoentes na CPI atingem a imagem dos 81 senadores, e defendeu uma apuração rigorosa dos fatos.
— Pode me investigar de cabeça para baixo, durante esses dois anos de senador em que estou aqui. Pode me investigar de cabeça para baixo. Se algum dia, na minha vida, eu fui atrás de alguém, pedir alguma coisa a alguém, pedir alguma coisa a governo. Nunca, na minha vida, eu vou fazer uma coisa dessa, não. Eu vim aqui literalmente para fazer o correto, para fazer o certo, porque eu não aguento mais a classe política ser tachada de bandido, de ladrão, de corrupto. A gente tem que mudar isso — disse.
O parlamentar também abordou a transparência no uso de emendas parlamentares e apoiou a posição do ministro da Justiça, Flávio Dino, de maior fiscalização sobre a destinação dos recursos. Cleitinho sugeriu a abertura de uma CPMI para investigar o uso das emendas e criticou a falta de controle sobre a aplicação do dinheiro público. 
— O princípio da administração pública se chama transparência. O que a gente tem que fazer aqui com essas emendas que são pagas é trazer transparência para a população. Não é deixar esses canalhas que vêm para cá ficar andando em corredores de Brasília, aqui, esse bando de lobista, bando de vagabundo, desviando dinheiro público e enchendo o saco. Ficam ganhando dinheiro fácil aqui em cima de emenda parlamentar. Que isso seja investigado! Que a Polícia Federal investigue tudo, tudo! E vamos fazer uma CPMI aqui das emendas! Vamos mostrar a verdade para a população brasileira, quem pega as emendas e as entrega para a população mesmo, ou quem faz sacanagem com emenda pública, que é dinheiro público! — concluiu.

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Senado vai usar IA para simplificar explicação de matérias em tramitação

O Senado vai passar a usar inteligência artificial (IA) para dar uma explicação mais compreensível sobre as matérias em tramitação na Casa. O lançamento da ferramenta foi feito pelo presidente Rodrigo Pacheco nesta terça-feira (17), em Plenário. A explicação estará nas páginas das matérias no site oficial do Senado. De acordo com Pacheco, o processo legislativo, por sua própria natureza, tem expressões e termos que são de difícil compreensão para a maioria dos brasileiros. A inteligência artificial vai fazer uma tradução da linguagem legislativa para uma linguagem mais simplificada e de fácil acesso para a população.
— Essa acessibilidade incentiva a participação ativa na vida pública, estimulando o diálogo entre eleitores e seus representantes. Quanto mais as pessoas entendem as proposições, maior é a sua capacidade de cobrar ações que reflitam suas necessidades e aspirações — declarou.
Segundo Pacheco, o uso de IA pode reduzir a desigualdade no acesso à informação. Conforme explicou o presidente, a partir desta terça-feira estará disponível, na página de tramitação da matéria e também no Portal e-Cidadania, o texto gerado por inteligência artificial e com linguagem simplificada, feita a devida revisão humana, de todas as propostas de emenda à Constituição, projetos de lei complementar, projetos de lei do Congresso Nacional e medidas provisórias em tramitação. A partir do ano que vem, todas as proposições legislativas apresentadas terão um resumo gerado por inteligência artificial e em linguagem simplificada.
— Ao abraçarmos a inteligência artificial e a linguagem simplificada, como aliadas na explicação das proposições legislativas, estaremos não apenas inovando, mas também garantindo que o poder emanado do povo seja verdadeiramente compreendido e exercido por todos. Este é um passo essencial para um Brasil mais inclusivo, participativo e justo — afirmou o presidente do Senado.
Pacheco lembrou que, há poucos dias, o Senado aprovou o projeto que regulamenta o uso de IA no país (PL 2.338/2023). Pacheco disse que, com a aprovação da matéria, o Senado se antecipa para que o uso dessa ferramenta possa tornar o acesso à informação melhor para todos os brasileiros e brasileiras. O projeto, de autoria do próprio Pacheco, segue agora para a análise da Câmara dos Deputados.

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Áudio: Entrevista: Conheça o projeto Senado Explica

O Senado Federal lança, nesta terça-feira (17), o Senado Explica, um projeto inovador que utiliza inteligência artificial para aproximar a população dos debates políticos, com mais transparência e acessibilidade. A ferramenta será encontrada nas páginas dos projetos de lei e vai fornecer uma explicação do conteúdo do projeto em linguagem clara e acessível, gerada por IA e com revisão humana. Em uma segunda etapa do projeto, o Senado Explica também vai explicar a tramitação do projeto. Fabrisia Almeida Garcia, chefe da Assessoria de Qualidade e de Gestão da Informação Legislativa do Senado (Asquali), falou com o Conexão Senado sobre como esse serviço vai funcionar.

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Debatedores na CE condenam distorções sobre o agronegócio em livros didáticos

O material didático brasileiro apresenta uma visão distorcida contra o agronegócio que acaba sendo prejudicial à formação dos estudantes, opinaram debatedores em audiência pública na Comissão de Educação (CE) nesta terça-feira (17). Especialistas questionaram os critérios do Ministério da Educação (MEC) para a seleção do conteúdo distribuído às escolas, mas a representante da pasta salientou a transparência do processo e defendeu o diálogo para discutir eventuais erros nos livros.
A audiência atende a requerimento (REQ 106/2024 – CE) do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA). Na justificação do requerimento, ele argumenta que o agronegócio brasileiro tem sido alvo de “difamações” e, apresentando dados de reportagem do jornal Gazeta do Povo sobre o conteúdo dos livros didáticos, acusa as escolas de “propagação de narrativas contrárias ao setor agropecuário”.
“Constatou-se que, de 345 menções ao agronegócio presentes nos livros analisados, 303 (87,8%) não tinham embasamento científico e se limitavam a opiniões. Em contraste, apenas 12 menções (3,5%) eram fundamentadas em estudos científicos. Essa disparidade evidencia um processo de desinformação”, acrescenta o senador.
Presidindo a audiência, Zequinha alertou que o uso do sistema de ensino para “degradação da imagem moral” de alvos ideológicos do governo, incluindo o agronegócio, tomou proporções assustadoras, e o Ministério Público e o Tribunal de Contas da União (TCU) deveriam tomar providências contra o desvio de finalidade do investimento em educação.
— De repente, a gente fica desligado desse setor. Enquanto isso, as raízes do mal vão se alastrando.
Baixo desempenho
Samantha Pineda, diretora institucional da associação De Olho no Material Escolar, lamentou o desempenho “abaixo do baixo” do Brasil em avaliação internacional de educação, o que mostraria que o elevado investimento no setor não tem trazido resultados positivos e prejudica a formação de cidadãos plenos.
— Já pensaram quão sério é isso? O quanto estamos condenando nossos jovens a um ciclo vicioso de pobreza? O quanto nós estamos fazendo com que essa diferença social que tanto buscamos combater está sendo perpetuada desde cedo?
A debatedora criticou as aquisições do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), nas quais apontou conteúdo desatualizado, impreciso, inverídico e não fundamentado — situação que geraria uma visão amplamente negativa do agronegócio. Samantha Pineda sugeriu que o PNLD aumente a transparência no processo de seleção de material e reforce a avaliação do conteúdo com o apoio de técnicos especializados.
‘Diversas faces’
Também representando a associação De Olho no Material Escolar, João Demarchi lembrou que fez parte dos esforços científicos para reforçar o papel do agronegócio na preservação dos recursos hídricos, o que — avalia — não tem tido reflexos na narrativa do material didático e dificulta a busca de soluções úteis.
— Preciso ter um material que me traga as realidades e as diversas faces do problema. (…) O aluno precisa ter nas suas mãos várias faces do mesmo problema, inclusive para ele ser muito mais crítico do que é hoje.
O professor da Universidade de São Paulo (USP) Celso Claudio de Hildebrand e Grisi explicou os critérios e a metodologia da pesquisa sobre o conteúdo dos livros didáticos, ressaltando que a entidade não tem uma conclusão contra ou a favor do agronegócio.
— Acreditem: tudo foi feito da maneira mais perfeita possível para apenas identificar as mensagens e seus conteúdos.
Para o diretor técnico adjunto da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), Maciel Aleomir da Silva, a falta de educação básica de qualidade compromete a formação de uma população “efetiva e produtiva”. Ele concordou que as estatísticas sobre o desempenho dos alunos indicam a existência de “pontos a serem aprimorados” e questionou os parâmetros dos investimentos em educação.
— Por que o retorno não é ainda na mesma proporção? É por dificuldade de formação do professor, ou está associado ao material didático, que é uma parte desse processo? — indagou.
Amplo diálogo
Raphaella Rosinha Cantarino, coordenadora-geral de materiais didáticos do MEC, disse que os editais de compra de material no PNLD exigem conteúdo dentro dos parâmetros da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e são elaborados mediante amplo diálogo.
— A gente tenta ouvir todas as pessoas que fazem parte da cadeia produtiva do livro, de autores, de pais, de pesquisadores, para que a gente possa colocar esses materiais todos dentro do que a gente consegue.
Ela lembrou que qualquer professor da rede pública ou privada pode fazer parte da avaliação pedagógica dos materiais, mediante inscrição na plataforma do MEC, acrescentando que os professores inscritos só poderão participar da avaliação quando escolhidos por comissão técnica. Pondo-se à disposição para analisar os dados da pesquisa sobre possíveis distorções no conteúdo do material didático, a representante do MEC ressalvou que “nenhuma política pública está totalmente fechada” e é sempre necessário buscar ajustes para o aprimoramento do BNCC.
— Se a gente tem algum erro conceitual [no material didático], se a gente não sabe de onde veio aquela informação, para melhorar a política do livro didático dentro de todos os aspectos (…) [é preciso] ampliar essa discussão com as editoras e os autores.
‘Desinformação’
Citando números positivos sobre a produção rural brasileira e sua importância para a segurança alimentar mundial, o senador Jorge Seif (PL-SC) cobrou combate à “desinformação” e acusou o governo de usar o dinheiro do contribuinte para distorcer a visão dos alunos sobre o agronegócio.
— Dinheiro público que deveria orientar nossa criançada, deveria encaminhar nossa criançada, influenciar positivamente o olhar delas para o maior potencial e a maior vocação brasileira.

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Dueire defende fortalecimento dos municípios e revisão do pacto federativo

Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (17), o senador Fernando Dueire (MDB-PE) afirmou que, para desenvolver o país, é preciso dar prioridade ao fortalecimento dos municípios. Ele destacou que as cidades são o espaço onde as políticas públicas têm impacto na vida da população.
— Fortalecer os municípios é, sem dúvida, fortalecer o Brasil. Afinal, é nas cidades que as políticas públicas ganham rosto, nome e endereço. É onde as decisões administrativas realmente se materializam na vida do cidadão — declarou.
O parlamentar criticou o modelo federativo atual, alegando que existe um desequilíbrio, com os recursos concentrados na União e as responsabilidades transferidas às prefeituras, especialmente em pequenos e médios municípios. Ele defendeu a revisão do pacto federativo, de forma a redistribuir os recursos de maneira mais justa, e destacou a necessidade de mudanças no Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
— Como cobrar eficiência quando falta financiamento? Como esperar resultados concretos quando as prefeituras são obrigadas a fazer milagres com orçamentos limitados? Devemos ampliar os critérios de repasse, de modo a beneficiar, com mais ênfase, as cidades mais vulneráveis e carentes de recursos — disse.
Dueire também apontou a reforma tributária como solução para aumentar a arrecadação local e garantir previsibilidade orçamentária. Ele ainda ressaltou a importância da modernização da gestão e da cooperação entre União, estados e municípios.

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Áudio: Atualização de Política de Defesa Nacional é aprovada em comissão mista

A Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência aprovou o relatório do senador Esperidião Amin (PP-SC), favorável aos novos textos da Política de Defesa Nacional, da Estratégia Nacional de Defesa e do Livro Branco de Defesa Nacional (MCN 2/2024), encaminhados pelo Executivo em agosto deste ano, conforme dispõe a lei que que trata da organização, do preparo e do emprego das Forças Armadas.

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Damares critica possível redução de benefícos às pessoas com deficiência e idosos

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (16), criticou o projeto de lei (PL 4.614/2024),  que faz parte do  pacote de medidas econômicas enviado pelo governo federal ao Congresso Nacional. Segundo a parlamentar, o projeto visa ajustar as contas públicas, mas propõe mudanças que afetam diretamente o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a isenção de imposto de renda para pessoas com deficiência e doenças graves.
— O pacote de maldade vai dificultar o acesso ao benefício, pois vai incluir na legislação exigências que desconsideram a realidade de vulnerabilidade das famílias beneficiárias. Não estamos falando de qualquer público, pois atualmente mais de 6,2 milhões de pessoas recebem esse benefício aqui no Brasil, e mais da metade são pessoas com deficiência; os demais são idosos — afirmou.
A parlamentar ressaltou que as medidas vão impactar o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), essencial para financiar segurança, saúde e educação no DF. Ela alertou que a proposta compromete a capacidade da capital de manter também a segurança de organismos internacionais e embaixadas.
A senadora também criticou exigências como a atualização cadastral periódica e a inclusão de benefícios como o Bolsa Família no cálculo da renda familiar. Segundo ela, essas mudanças ignoram a realidade de muitos beneficiários, especialmente em regiões isoladas como a Ilha de Marajó (PA), onde apenas 1% da população possui carteira assinada. Damares fez um apelo para que os colegas congressistas rejeitem o projeto e sugeriu cortes em outros setores, como benefícios concedidos a empreiteiras e artistas.
— Talvez seja hora de rever os descontos bilionários concedidos sobre as multas aplicadas a empreiteiras. O dinheiro está lá, dos que confessaram ter sido corrompidos por agentes públicos na década passada. Devolvam esse dinheiro e a gente paga todas as contas do Brasil. Podemos também deixar de beneficiar com a Lei Rouanet artistas consagrados, milionários, e que, por sua exposição, poderiam muito bem procurar patrocínio na iniciativa privada — declarou.

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