CPI das Bets será prorrogada por 45 dias

A comissão parlamentar de inquérito que investiga o uso de empresas de apostas online para lavagem de dinheiro (CPI das Bets) terá seus trabalhos prorrogados por 45 dias. Com isso, a CPI vai funcionar até junho. O requerimento de prorrogação foi lido nesta quarta-feira (30) pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e será publicado para que produza seus efeitos.
Presidente da CPI, o senador Dr. Hiran (PP-RR) é o autor do pedido de prorrogação. Sem ele, a CPI teria que encerrar as suas atividades nesta quarta.
Por solicitação da relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), Davi já tinha anunciado na terça (29) que concederia o tempo extra. O prazo de 45 dias havia sido acordado com o presidente da comissão e com as lideranças. Soraya pleiteava uma prorrogação por 130 dias, argumentando que em fevereiro as atividades da CPI foram suspensas por 63 dias.

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CRA fará debates sobre Proagro, 'moratória da soja' e apreensão de gado

A Comissão de Agricultura (CRA) decidiu nesta quarta-feira (30) que fará quatro audiências públicas para discutir os seguintes temas: mudanças no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro); a chamada “moratória da soja”; a praga monilia na lavoura cacaueira; e a apreensão de gado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Esses debates — cujas datas ainda serão agendadas — foram solicitados por meio dos seguintes requerimentos (todos aprovados pela CRA nesta quarta-feira):

REQ 15/2025 – CRA, do senador Beto Faro (PT-PA), sobre mudanças no Proagro promovidas pelo Conselho Monetário Nacional;
REQ 16/2025 – CRA, do senador Marcos Rogério (PL-RO), sobre os efeitos efeitos jurídicos, econômicos, institucionais e sociais da chamada “moratória da soja”;
REQ 17/2025 – CRA, do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), sobre a prevenção da praga monilia na lavoura cacaueira do país;
REQ 18/2025 – CRA, também do senador Zequinha Marinho, sobre a apreensão de gado pelo Ibama em áreas embargadas.

Pequenos agricultores
A CRA também deveria votar nesta quarta o PL 3.684/2024, mas sua análise foi adiada. Esse projeto de lei, do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), cria o Programa Nacional de Cooperativas de Crédito e Seguros para Agricultores Familiares.
O objetivo, segundo o autor, é proporcionar suporte econômico e estrutural às cooperativas agrícolas, além de oferecer crédito para os pequenos produtores manterem suas operações. A proposta conta com relatório favorável do Hamilton Mourão (Republicanos-RS).
A votação foi adiada a pedido da senadora Tereza Cristina (PP-MS).
— É um projeto muito interessante, que pode resolver inclusive um problema que nós estamos vivendo hoje com o Proagro, de crédito, das cooperativas de crédito. Então eu gostaria de pedir vista para analisar melhor o projeto, para a gente votar na próxima semana — disse a senadora.
Mecias de Jesus concordou com o pedido de vista.

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Adiada votação de proposta que aumenta representação empresarial na Sudeco

Previsto para votação em Plenário nesta quarta-feira (30), o projeto que amplia a representação de empresas no conselho da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) teve sua votação adiada. O projeto (PLP 257/2020) exige no mínimo um representante da classe empresarial de cada estado da área de atuação da Sudeco.
A retirada de pauta foi uma medida do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para não prejudicar a aprovação do projeto, uma vez que ele depende de 41 votos favoráveis (por se tratar de projeto de lei complementar) e o quórum da sessão não era suficiente. O autor do projeto, senador Izalci Lucas (PL-DF), concordou com a decisão e informou que o texto vai passar por alterações para atender a um acordo celebrado com o governo.
— A representação empresarial não será por estado, mas por atividade, como é na Sudene [Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste] e na Sudam [Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia] — adiantou.
O senador Wilder Morais (PL-GO) é o relator do projeto e ficará encarregado das alterações.

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À CSP, Glenn Greenwald acusa Alexandre de Moraes de abuso de poder

A Comissão de Segurança Pública (CSP) ouviu, nesta quarta-feira (30), o jornalista Glenn Greenwald sobre áudios divulgados em 2024 que revelariam o suposto uso de assessoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo então presidente da corte e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para realizar investigações informais. Os senadores também ouviram o jornalista português Sérgio Tavares, que divulgou em abril vídeo em que o chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, Eduardo Tagliaferro, teria demonstrado receio de Moraes e falado da possibilidade de deixar o Brasil.
Segundo Greenwald, houve abuso de Moraes ao encomendar relatórios à assessoria especial, pedir investigações para propósitos pessoais e ocultar que os pedidos vieram do STF, no âmbito do chamado Inquérito das Fake News.
Na opinião do jornalista norte-americano, Moraes ainda mantém os poderes que tinha à época das eleições em 2022 e que se tornou “a pessoa mais poderosa do país”. Segundo ele, fontes jornalísticas que criticam Moraes no privado temem criticá-lo publicamente.
— Percebi que tem muitas pessoas no mundo jurídico, especialistas na Constituição brasileira, que expressariam críticas a Morais na forma privada. [Mas] quando perguntei “você quer manifestar publicamente para a reportagem?”, essas pessoas poderosas, com muita exposição aqui no Brasil, disseram: “não consigo, realmente tenho medo”. Elas têm medo… Quando comecei a denunciar o Moraes, foi a primeira vez na minha vida que eu pensei: “vale a pena eu fazer isso, enfrentando esse risco?”. Esse poder de censura que foi dado a Moraes foi só sobre a eleição de 2022. [Deveria terminar] um dia depois da eleição de 2022, mas ele continuou a usar esse poder de censura até hoje — disse Greenwald.
O jornalista foi responsável por divulgar grandes vazamentos na imprensa nacional e internacional nos últimos anos, como a vigilância ilegal realizada pela Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) e as conversas entre procuradores e juízes na operação Lava-Jato — como ficou conhecido o conjunto de ações que tiveram início em operação da Polícia Federal com esse nome.
Novo vazamento
O jornalista Tavares afirmou que seu vídeo divulgado no início de abril é uma conversa por telefone entre o blogueiro foragido Oswaldo Eustáquio Filho e Eduardo Tagliaferro, que desde 2023 não trabalha no TSE. A gravação foi feita por Eustáquio há oito meses, o que coincidiria com o início das matérias de Greenwald, em agosto de 2024. No final de agosto, Moraes determinou a apreensão do celular de Tagliaferro. 
No vídeo, Eustáquio instrui o interlocutor — que afirma estar sendo perseguido e temer por sua vida e prisão iminente — a fugir para a Europa e a dizer à imprensa internacional o que sabe sobre Moraes. O blogueiro é acusado de envolvimento com a tentativa de golpe de Estado em janeiro de 2023 e está na Espanha.
— Um conteúdo gravíssimo, em que temos o “homem forte” de Moraes a chorar, a dizer que tem medo que o matem, desesperado, a dizer que tem provas para deitar Moraes abaixo. Se ele não fugiu, foi porque não quis… Passaram esses oito meses e não foi dada nenhuma entrevista. Não fez porque não quis. Eu creio que o fato de eu ter tornado públicos esses áudios precipitou novamente sua saída — disse Tavares remotamente.
Tagliaferro não compareceu à reunião. No entanto, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) apresentou um áudio enviado pelo convidado.
— Não pude comparecer por questões pessoais e para preservação da minha segurança. Mas, no momento oportuno, estarei à disposição da comissão para obterem as respostas que precisam — diz o áudio.
Relevância
Tavares ainda considerou a repercussão das falas atribuídas à Tagliaferro como incompatíveis com a relevância do caso, que para ele merecia mais destaque na mídia.
 — Quando [Tagliaferro] diz “eu tenho tudo para derrubar este cara, tenho todos os documentos”, como é que os grandes nomes que gostam tanto de polêmicas, gostam de ser os primeiros a dar as notícias, continuam caladinhos sobre o áudio? Não entendo — disse o jornalista, que já compareceu ao Senado, em 2024, para esclarecer problemas que teve com a Polícia Federal ao desembarcar no Brasil para cobrir as manifestações de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista. 
Para Greenwald, a estratégia de publicar 15 matérias jornalísticas em três semanas reduziu o impacto esperado sobre a relação entre os gabinetes de Moraes no TSE e no STF. As matérias são relativas a fatos entre agosto de 2022 e maio de 2023.
— Foi muito rápido, não conseguiu receber a atenção que a divulgação merece. Às vezes, parece que tem muitas instituições midiáticas brasileiras que não querem criticar Moraes. Agora tem muitas revistas grandes internacionais que estão criticando ele, como The Economist. Também no Brasil, como a Folha de S. Paulo, Estadão…
Investigação
O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que pediu ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para investigar ilegalidades nos pedidos do gabinete de Moraes no STF ao órgão de investigação do TSE, que ocorreriam por meios informais, como por aplicativos de mensagem.
— O CNJ, de pronto, arquivou, dizendo que eram diálogos naturais de quem exercia aquela atividade. Não podemos aceitar que esse é o novo normal — disse o senador.
Em resposta a Rogerio Marinho, Greenwald assegurou que não possui novos materiais sobre o assunto.
— Tem mais um ou dois assuntos que ficamos investigando por meses, queríamos encontrar mais coisas, mas não conseguimos fechar material. Ainda estamos tentando. Eu publicaria tudo que eu conseguir prova.
Relação com Senado
Senadores criticaram a ausência de Moraes e seus juízes auxiliares, que foram convidados para a reunião. Segundo o senador Eduardo Girão (Novo-CE), que requereu a audiência pública, o ministro já foi convidado oito vezes pelo Senado e nunca compareceu.
Girão ainda reclamou dos bloqueios feitos por Moraes às redes sociais e contas bancárias do senador Marcos do Val (Podemos-ES), além da falta de acesso dos senadores de oposição aos presos pelos atos do dia 8 de janeiro.
— Nós da Comissão de Direitos Humanos (CDH) não tivemos a autorização para visitar os presos políticos do Brasil, mas a Argentina acaba de autorizar para que a gente vá visitar lá os presos políticos brasileiros que estão na penitenciária [argentina].
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), presidente da CDH, afirmou que Moraes demorou seis meses para se pronunciar sobre o requerimento.
— Esse requerimento ficou seis meses com inúmeras reiterações de pedido de despacho, e ele não despachava. Nós perguntamos: “ministro, é possível despachar o requerimento?”. Ele respondeu: “Qual requerimento? Não vi esse papel, deve ter se perdido dentro do meu gabinete”. Se ele debocha de um requerimento de 16 senadores, também debocha de todos os documentos que chegam naquela Corte.
Outras críticas
Flávio Bolsonaro e Greenwald questionaram a imparcialidade de Moraes para julgar os processos nos quais ele conduz a investigação. É a situação do Inquérito das Fake News, segundo Flávio Bolsonaro. O senador comparou o caso com os julgamentos relativos à operação Lava-Jato, em que o STF considerou Moro parcial em razão das conversas que ele tinha com os procuradores do Ministério Público Federal, responsáveis pela acusação.
— Não é que Moraes tem uma relação com um promotor de justiça ou com um investigador da Polícia Federal. Ele próprio reúne todos esses papéis. As conversas que foram reveladas mostram a indignação de Moraes quando o investigador não consegue encontrar alguma coisa contra aquele alvo que ele escolheu. [Ele diz] “use a criatividade”. É algo muito mais comprovado de uma atuação completamente parcial.
O senador Magno Malta (PL-ES) afirmou que o Senado pode ser utilizado como sistema de freios do STF. 
— Nós vamos recorrer a quem? Ao próprio Moraes? O Senado tem muito mais do que o suficiente para um impeachment, não só dele — disse o senador.

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Congresso Nacional vai se reunir em 27 de maio para votar vetos

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, convocou uma sessão do Congresso Nacional para o dia 27 de maio. Será a primeira sessão deliberativa do Congresso em 2025. Ela será dedicada à análise de vetos presidenciais que aguardam decisão dos parlamentares. Se houver oportunidade, também serão pautados projetos de lei do Congresso (PLNs), que tratam sobre matérias orçamentárias. A informação foi passada ao Plenário durante a ordem do dia desta quarta-feira (30).
Entre os vetos pendentes de apreciação está o veto parcial (VET 10/2025) à Lei Orçamentária de 2025 (Lei 15.121, de 2025). A lei tem origem no PLN 26/2024, aprovado no Congresso no dia 20 de março.
Um dos itens vetados trata de novas programações orçamentárias que continham localizações específicas, incluídas por meio de modificações de despesas primárias discricionárias do Poder Executivo. Segundo a justificativa do veto, isso é vedado pela legislação. O valor de R$ 40,2 milhões seria para dotações do Ministério dos Transportes para obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Também houve veto a R$ 2,97 bilhões em despesas financeiras do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Na mensagem de veto, o governo argumenta que o Congresso Nacional promoveu a redução das despesas primárias do FNDCT, mas não realizou a mesma operação com as despesas financeiras, levando-as a superar o limite de 50% do total global do fundo. A medida, ressalta o governo, contraria a lei e o interesse público.
Outro veto de destaque é o veto parcial a um dos textos de regulamentação da reforma tributária (VET 7/2025). O veto atingiu 46 dispositivos da Lei Complementar 214, de 2025, que teve origem no PLP 68/2024. A matéria foi aprovada no Senado em dezembro de 2024.
Também será apreciado o veto parcial à lei que trata do Programa de Pleno Pagamento de Dívida dos Estados (Propag – Lei Complementar 212, de 2025). O veto (VET 5/2025) atinge 30 dispositivos da lei, que se originou de um projeto (PLP 121/2024) de iniciativa do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ele foi aprovado no Senado no último mês de dezembro.

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Áudio: Instalada Comissão Mista da MP que reajusta soldos das Forças Armadas

A Comissão Mista que vai analisar a medida provisória que reajusta os soldos dos militares em 9% (MPV 1293/2025) foi instalada nesta terça-feira (29). Eleito presidente do colegiado, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou que a proposta do Executivo é insuficiente para repor o poder de compra da categoria. Segundo ele, a inflação no período entre o último reajuste e o concedido este ano foi de 37%.

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Áudio: Senado aprova nova destinação para recursos parados da educação

O Plenário do Senado aprovou o projeto (PLP 48/2023) que vai permitir a governadores e prefeitos usar recursos da União destinados para educação que estão parados porque os programas não estão mais ativos. O autor, senador Laércio Oliveira (PP-SE), citou que cerca de R$ 15 bilhões estão “empoçados” pelo engessamento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo a relatora, senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), esse dinheiro poderá ser usado em outras demandas dentro da educação, como reformas de escolas. O projeto agora será analisado pela Câmara dos Deputados.

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Áudio: Senado define regras para uso do Símbolo Internacional de Acessibilidade

O Plenário aprovou o projeto que substitui o Símbolo Internacional de Acesso, a imagem da cadeira de rodas, pelo Símbolo Internacional de Acessibilidade, criado pelas Nações Unidas em 2015 (PL 2.199/2022). Segundo a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), a nova identidade é mais inclusiva por não se limitar às pessoas sem mobilidade. Ela acredita que a imagem com alguém num círculo vai chamar atenção para os outros tipos de deficiências, como as pessoas cegas. O projeto, que volta à Câmara dos Deputados, exige pisos antiderrapantes e regulares, assim como maquetes em locais de acesso público.

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Cleitinho critica penas do 8 de janeiro e pede criação de CPI do INSS

Em pronunciamento nesta terça-feira (29), o senador Cleitinho (Republicanos-MG) criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que as penas impostas aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro são exageradas. Ele defendeu que Senado e Câmara votem o projeto da anistia.
Cleitinho criticou o suposto acordo que estaria em andamento entre STF e Congresso para aliviar as penas dos envolvidos nas depredações na Praça dos Três Poderes e aumentar as penas de financiadores e líderes.
— Os Poderes são independentes, e cabe a nós aqui legislar e representar o povo. Não é o STF agora sentar com os presidentes das Casas e debater lei. Quem debate lei aqui somos nós, cabe a eles depois julgar se é constitucional ou inconstitucional. Já passou de todos os limites — disse o senador.
Fraude no INSS
Cleitinho também defendeu a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre o esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS. A Operação Sem Desconto, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União, descobriu que associações e sindicatos que ofereciam serviços a aposentados e pensionistas cadastravam pessoas sem autorização para cobrar mensalidades dos benefícios pagos pelo INSS. O prejuízo pode chegar a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
— É nossa obrigação criar uma CPI para poder investigar e colocar esses canalhas que roubaram dinheiro de aposentados na cadeia. 

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Proibição dos cassinos no Brasil não funciona, diz Irajá

Relator do projeto que autoriza o funcionamento de cassinos e bingos no Brasil (PL 2.234/2022), o senador Irajá (PSD-TO) afirmou em Plenário nesta terça-feira (29) que a sociedade brasileira está madura para aceitar a operação das casas de jogos sob regras responsáveis. Ele defendeu uma legislação sobre o tema que esteja “alinhada aos desafios de hoje”.
O senador citou pesquisa do DataSenado, feita a seu pedido, que aponta que 6 em cada 10 brasileiros são favoráveis à legalização dos cassinos. Em sua avaliação, a sociedade vê o projeto — que também autoriza o jogo do bicho e a aposta em corridas de cavalos, entre outros jogos de azar — como oportunidade de desenvolvimento e não uma ameaça.
— A atual proibição não funciona, pois 70% dos brasileiros e brasileiras acreditam que ela não reduz a oferta de jogos ilegais no país. Apenas 25% ainda acham que a lei, hoje, consegue conter a prática criminosa do jogo clandestino, do jogo ilegal, dominado pelo crime organizado.
Senador Irajá entende que o Brasil precisa de um novo marco “moderno e responsável” baseado em experiências internacionais bem-sucedidas, que seja capaz de impulsionar o turismo, atrair investimentos e gerar empregos. Porém, ressalvou que a norma deverá enfrentar a lavagem de dinheiro e o financiamento do crime organizado, além de evitar o endividamento dos jogadores.
— Regulamentar é (…) garantir fiscalização e proteção à nossa sociedade, e os brasileiros apoiam exatamente isso.
Ainda citando os números do DataSenado, ele lembrou que a maioria da população não frequentaria bingos e cassinos, mesmo que fossem legalizados. O parlamentar afastou os “argumentos do medo” sobre as casas de jogos e disse esperar que o Senado analise a matéria com seriedade e critérios técnicos.
Em apartes, o senador Magno Malta (PL-ES) manifestou dúvida sobre a representatividade dos números do DataSenado. Ele avaliou que a legalização dos cassinos seria derrotada em Plenário; e o senador Eduardo Girão (Novo-CE) classificou como “irresponsabilidade” agravar os problemas do povo brasileiro com os jogos de azar.

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