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Vídeo: Senado aprova cota de 30% para mulheres nos conselhos das estatais

Empresas estatais e sociedades de economia mista, como Petrobras e Banco do Brasil, deverão ter pelo menos 30% de participação feminina nos conselhos de administração, de acordo com projeto de lei aprovado pelo Plenário nesta terça (24). O PL 1.246/2021 também determina que parte dessas vagas sejam ocupadas por mulheres negras ou com deficiência. O percentual deverá ser alcançado de forma gradual ao longo de três eleições para o cargo. 

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Projeto tenta conter tarifa ao impor teto para energia de Itaipu no Brasil

Para conter os custos da energia elétrica no país, projeto em tramitação no Senado estabelece um teto para o valor pago pela energia de Itaipu Binacional que cabe ao Brasil. O limite será de US$ 12 por quilowatt (kW), segundo o texto apresentado pelo senador Esperidião Amin (PP-SC).
A proposta (PL 1.830/2025) altera a Lei 5.899, de 1973, e está em análise na Comissão de Infraestrutura (CI), sob relatoria do senador Laércio Oliveira (PP-SE). Depois, seguirá para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), responsável pela decisão terminativa — se aprovada, poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados, salvo recurso para votação em Plenário.
O projeto busca reduzir os valores repassados aos consumidores, ao limitar o preço pelo qual a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) revende a energia no mercado nacional. A regra não se aplica à parcela da energia que pertence ao Paraguai e é cedida ao Brasil.
Esperidião Amin argumenta que a quitação da dívida de construção da usina, em 2023, deveria ter resultado na redução de tarifas, como previsto no Tratado de Itaipu. No entanto, parte dos recursos antes destinados ao pagamento da dívida passou a ser utilizada em programas de responsabilidade socioambiental da usina, cujos gastos chegaram a US$ 921 milhões em 2023.
“Os consumidores brasileiros são impedidos de se beneficiarem de uma redução tarifária na energia gerada por Itaipu, o que aliviaria a elevadíssima tarifa de energia elétrica paga pelas famílias e pelas empresas brasileiras”, afirma o senador.
De acordo com dados citados no projeto, os gastos com programas de responsabilidade socioambiental aumentaram de US$ 302 milhões em 2021 para mais de US$ 921 milhões em 2023. Esperidião Amin afirma que esses valores vêm sendo aplicados sem fiscalização adequada.
“Os gastos da Itaipu Binacional com programas de ‘responsabilidade socioambiental’ constituem um verdadeiro orçamento público paralelo, caracterizado pela escassa transparência”, aponta o autor.
Ele destaca ainda que, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal de Contas da União (TCU) só pode fiscalizar a Itaipu mediante acordo formal entre Brasil e Paraguai. A Comissão Binacional de Contas prevista em nota diplomática de 2021 ainda não foi criada.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a tarifa para a parte brasileira da energia de Itaipu foi mantida em US$ 16,71/kW até 2026, mesmo após a quitação da dívida da usina. A proposta legislativa segue a estimativa divulgada pelo próprio governo, que projeta, a partir de 2026, um custo operacional entre US$ 10 e US$ 12 por kW.
O autor ressalta que o projeto não altera os termos do Tratado de Itaipu, que continua atribuindo à binacional a definição do preço da energia fornecida. O texto trata apenas da revenda no mercado interno feita pela ENBPar.

Vinícius Gonçalves, sob supervisão de Patrícia Oliveira

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Áudio: Plenário define regras sobre validade de alimentos da merenda escolar

O Senado aprovou com alterações, nesta terça-feira (24), o projeto (PL 2.205/2022) da Câmara dos Deputados que define regras sobre validade de alimentos adquiridos por escolas públicas e sobre percentual mínimo de recursos que deverão ser destinados à aquisição de produtos da agricultura familiar pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Por causa das mudanças, a proposta voltará para análise dos deputados federais.

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Senado aprova cotas para mulheres em conselhos de estatais

Os conselhos de administração de estatais devem ter 30% das vagas de membros titulares destinadas às mulheres. Dentro dessas vagas, também haverá uma reserva para mulheres negras ou com deficiência. A mudança está no PL 1.246/2021, aprovado nesta terça-feira (24) pelo Senado. O texto, aprovado com apenas uma mudança de redação, segue para a sanção.
O projeto, da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), busca aumentar a representação da mulher nesses espaços. Dados da publicação Estatísticas de Gênero – Indicadores sociais das mulheres no Brasil, lançada pelo IBGE em 2024, mostram que elas ocupavam apenas 39,3% dos cargos gerenciais, apesar de representarem a maior parte da população.  
A votação foi conduzida pela líder da bancada feminina, senadora Leila Barros (PDT-DF). Ao passar a presidência da sessão para a senadora, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, lembrou a mobilização da bancada e de Leila para que o projeto fosse colocado em pauta.
A líder da bancada feminina agradeceu ao presidente do Senado, à senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), última relatora do projeto, que não pôde estar presente, e às colegas da bancada feminina na Casa. Leila também fez um agradecimento à autora do texto e aos coletivos femininos que participaram da mobilização pela aprovação do projeto.
— Por que nós discutimos as cotas? Porque, por mais que estudemos, por mais que nos esforcemos, por mais que, enfim, a gente mostre as nossas capacidades, as nossas habilidades, a gente não consegue avançar sem a força da lei por enquanto. Por enquanto! Se nós não estivéssemos aprovando hoje esse projeto, talvez nós tivéssemos que esperar mais uma legislatura, duas, três, quatro legislaturas, 50 anos para que isto realmente acontecesse: a garantia de 30% de mulheres nos conselhos das estatais. Isso é justiça. Isso é meritório — disse a senadora.
Regras
O  texto abrange empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias e controladas. Também são abarcadas outras companhias em que a União, os estados, os municípios ou o Distrito Federal detenham a maioria do capital social com direito a voto.
A adoção da cota para mulheres será gradual, ao longo de três anos. Mulheres deverão ocupar, no mínimo, 10% das vagas no primeiro ano, 20% no segundo e, finalmente, 30% no terceiro. Dos postos reservados, 30% serão destinados a trabalhadoras autodeclaradas negras ou com deficiência. A política de cotas deverá ser revisada após 20 anos.
De acordo com o projeto, o conselho que infringir as regras ficará impedido de deliberar sobre qualquer matéria. Apesar de a obrigatoriedade ser para estatais, o Poder Executivo fica autorizado a criar incentivos para que as empresas privadas também adotem a reserva de postos femininos.
A iniciativa exige ainda que sejam divulgadas anualmente informações sobre a presença feminina nos níveis hierárquicos tanto das estatais quanto das empresas abertas. Deverá ser publicada a proporção de mulheres nos cargos da administração, a remuneração conforme o cargo e o gênero, além da evolução desses indicadores ao longo dos exercícios dos conselhos. 
Representação
Ao se declarar favorável ao texto, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou que, infelizmente, por enquanto a participação da mulher ainda terá que ser garantida “por força de lei”, mas, no futuro, haverá quem implore para que mulheres ocupem os conselhos. Damares disse que receberá críticas do seu segmento conservador, mas lembrou que, se não houvesse cotas para mulheres no Parlamento, conservadoras como ela não teriam sido eleitas.
— Com certeza, amanhã eu estarei em todos os blogues conservadores como: “Novamente a feminista está falando”. (…) Deixe-me dizer uma coisa: se nós não tivéssemos batido o pé nos últimos 30 anos como nós batemos para chegar a esta Casa, não estaria aqui hoje uma senadora conservadora falando — argumentou.
O senador Cleitinho (Republicanos-MG) declarou seu voto favorável ao projeto e disse que, na prática, essas vagas ainda não são garantidas sem as cotas.
.— No Brasil, nós temos um país preconceituoso, homofóbico e, infelizmente, ainda machista. Quem sabe daqui a uns cem anos, duzentos anos, comece a funcionar na prática? Talvez tenha que ser através de lei para que, realmente, as mulheres possam ser mais valorizadas — sustentou o senador.
Qualificação
Durante a votação, o senador Izalci Lucas (PL-DF) afirmou que, para participar de conselhos de administração de empresas privadas, há a exigêncua de muita qualificação, ao contrário do que ocorre nas estatais, onde pode ser “qualquer um, de qualquer jeito”. Para ele, é preciso melhorar esses critérios, não só discutir uma política de cotas.
— Vou voltar favoravelmente a este projeto, mas já, a partir de hoje, vamos trabalhar no mérito para a gente votar um outro projeto, para que seja exigido, em conselhos de administração e conselhos fiscais, que haja pré-requisitos fundamentais para uma boa administração de empresa — disse Izalci, que recebeu o apoio do senador Magno Malta (PL-ES).
O senador Eduardo Girão (Novo-CE)  afirmou que o estabelecimento de cotas é uma discriminação contra as mulheres. Para ele, esse instrumento é retrógrado.
— Eu tenho uma visão um pouco diferente porque eu acredito que, a partir do momento em que a gente coloca cota, seja lá para qualquer tipo de situação, nós estamos discriminando — disse o senador.
A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) afirmou que os homens deveriam apoiar a mudança e não ter medo da ascensão das mulheres. Para ela, votações como esta revelam aos brasileiros como pensam os parlamentares.
— Entendo que se não discutirmos isso, se não houver propostas sobre isso, emendas sobre essa temática, nós jamais conseguiremos entender realmente a opinião dos nossos colegas e o Brasil não terá oportunidade de saber como pensam os 81 senadores e senadoras e os 513 deputados e deputadas federais. Essa discussão é de extrema importância —  avaliou a senadora.

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Áudio: Empregados públicos terão direito à transferência para acompanhar cônjuge

O Senado aprovou nesta terça-feira (24) o projeto (PL 194/2022) que autoriza a transferência de empregado público cujo cônjuge ou companheiro tenha sido deslocado em razão da função pública. A proposta altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para permitir que empregados públicos sejam transferidos para acompanhar cônjuge ou companheiro servidor público, militar ou empregado público. Esse direito já é assegurado aos servidores públicos regidos pela Lei 8.112, de 1990. Mas os empregados públicos, que trabalham em empresas públicas e sociedades de economia mista, regidos pela CLT, não contam com o benefício. 

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Áudio: CRE acompanha retirada de brasileiros do Oriente Médio

A Comissão de Relações Exteriores (CRE) segue acompanhando a situação dos brasileiros em Israel e no Irã diante da guerra travada pelos dois países. Nesta terça-feira (24), o presidente do colegiado, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), reuniu-se com o chanceler Mauro Vieira, no Itamaraty. O ministro assegurou a disponibilização de um avião pela Força Aérea Brasileira (FAB) para retirar os brasileiros da área do conflito assim que a abertura do espaço aéreo permitir essa operação.

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Izalci defende mais investimento em educação e na geração de empregos

O senador Izalci Lucas (PL-DF) defendeu nesta terça-feira (24) que as políticas públicas brasileiras priorizem a dignidade das pessoas por meio da geração de empregos e da qualificação profissional. O parlamentar relatou uma recente audiência privada com o Papa no Vaticano, que, segundo ele, destacou a importância de olhar para os mais necessitados.
Izalci criticou a transformação da população carente em “massa de manobra” e cobrou do governo a criação de condições para que empresas e empreendedores possam investir e gerar renda. Segundo ele, isso só é possível quando se tem um ambiente favorável para que os empreendedores possam arriscar e investir no próprio negócio.
— É inadmissível, num país como o nosso, a gente ter mais de 50 milhões de dependentes do Bolsa Família, que não têm porta de saída. É lamentável que o governo, mesmo sendo alertado por anos e anos — porque é o que a gente faz aqui: fala, faz discursos, faz indicações —, pareça que é surdo, cego e mudo — lamentou.
Qualificação Profissional
O parlamentar também criticou a falta de investimento na qualificação de jovens e na infraestrutura educacional. Ele considerou o programa “Pé-de-Meia” insuficiente para resolver os problemas dos jovens e que, segundo ele, mantem esse público na mesma filosofia de dependência do governo.
— Nós temos que investir realmente na infraestrutura das escolas porque R$ 200 por mês não resolvem o problema de ninguém. Temos que valorizar os profissionais da educação, porque, lamentavelmente, há anos não se valoriza. Eles têm um dos piores salários comparado com o das demais categorias — lamentou.
Izalci defendeu a implementação efetiva do novo ensino médio para que os jovens tenham a opção de cursar uma universidade ou fazer educação profissional e ingressar no mercado de trabalho. Também sugeriu a reorientação de programas como o Prouni e o Fies, para que as bolsas de estudo e financiamentos sejam direcionados aos cursos com carência de profissionais no mercado, como engenharia, medicina, física e pedagogia.

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Vídeo: Após novas enchentes no Rio Grande do Sul, Paim cobra construção de diques

Após as novas enchentes no Rio Grande do Sul, na última semana, o senador Paulo Paim (PT-RS), que foi presidente da comissão externa do Rio Grande do Sul, criada logo após as enchentes do ano passado, cobrou a construção de diques para conter as águas. O parlamentar lembrou que, em 2024, o Congresso atuou para liberar recursos federais para o Estado e afirma que muitas medidas de contenção ainda não saíram do papel. Nos últimos dias, mais de 120 municípios gaúchos foram afetados e quatro pessoas morreram.

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Vídeo: Senado vota cotas femininas em estatais e licença para cônjuge no setor público

Mulheres podem ter direito a 30% de vagas nos conselhos de administração das empresas estatais. É o que prevê o PL 1.246/2021, que está na pauta do Plenário desta terça (24). Na mesma sessão, os senadores podem decidir sobre a licença para empregados públicas acompanharem cônjuges (PL 194/2022), além de novas regras sobre a qualidade da alimentação escolar (PL 2.205/2022).

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