Acervo jornalístico do 'Diario de Pernambuco' torna-se patrimônio cultural material do Brasil

Prestes a completar 200 anos, o Diario de Pernambuco teve seu acervo jornalístico reconhecido como patrimônio cultural material do Brasil pela Lei 15.027, de 2024. A norma foi sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (19).
Fundado em 1825 pelo tipógrafo e jornalista pernambucano Antonino José de Miranda Falcão, o Diario de Pernambuco é o jornal mais antigo em circulação no Hemisfério Sul e o mais antigo do mundo em língua portuguesa. O periódico noticiou ao longo de quase 200 anos fatos importantes, em especial, retratando a história política, social e cultural do estado de Pernambuco e do Brasil.
Relatora do PL 1.205/2023 na Comissão de Educação e Cultura (CE), a senadora Teresa Leitão (PT-PE) apresentou parecer favorável à aprovação do texto por considerar que “a preservação desse acervo jornalístico é fundamental para assegurar a preservação da história do Brasil e lembrar que a construção do nosso futuro está diretamente ligada ao conhecimento que temos do passado”. A matéria, oriunda da Câmara, foi aprovada em decisão final na CE em 15 de outubro. 

Leia mais

Damares discorda de avaliações contrárias à anistia pelos atos de 8 de janeiro

Em pronunciamento nesta segunda-feira (18), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) discordou de avaliações nas mídias sociais que apontam a impossibilidade de concessão de anistia aos presos acusados de participação nos atos de 8 de janeiro de 2023, em razão da explosão que resultou na morte de um homem na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na semana passada.
— Depois do trágico episódio, o que nós estamos ouvindo falar é ‘não vai ter anistia’. Esse é o discurso da mídia, nas redes sociais e, pasmem, é o sentimento do STF [Supremo Tribunal Federal]. Mas não é o STF que decide se vai ter anistia ou não. É o Congresso Nacional. Eles são magistrados. Os ministros precisam entender o seu verdadeiro papel. Eles são magistrados, não são polícia, também não são parlamentares e também não executam políticas públicas. São magistrados e julgadores, mas já vem o sentimento de lá, ‘não vai ter anistia’, porque um homem se suicidou na Praça dos Três Poderes — afirmou.
Damares destacou que o homem que se suicidou em Brasília era “um doente mental, um homem com sérios problemas de saúde mental e emocional, basta ler o que ele escrevia e publicava, esta comprovado que ele era um doente”.
A senadora ressaltou ainda que, na condição de ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos de 2019 até 2022, no governo de Jair Bolsonaro, julgou mais de 13 mil pedidos de anistia no país, que se acumulavam desde o governo anterior. Ela acusou a esquerda de não ter conseguido julgar todos os pedidos, que teriam ficado nas gavetas por anos. Damares disse que precisou estudar o assunto e que anistia “é perdão, é esquecimento, é reparação” e um instrumento usado quando o Estado erra e provoca danos. 
Damares lembrou ainda que episódios de violência não impediram a ampla concessão de anistia em um passado recente no Brasil.
— O roubo a bancos não impediu anistia no Brasil, os explosivos que usavam não impediram a anistia no Brasil. O sequestro do embaixador Charles Burk [Elbrick, dos Estados Unidos, em 1969] não impediu a anistia. A morte do capitão Charles Rodney [Chandler, oficial do Exército dos Estados Unidos], em outubro de 68, não impediu a anistia, [assim como] o que aconteceu no Araguaia. Levaram o horror e o terror para o território, homens que queriam livrar o Brasil foram para lá armados e apavoraram os moradores daquela região. Eram homens da esquerda, ai se não fosse o Exército brasileiro. E esses homens receberam anistia, chegaram ao poder, ao Parlamento. Mas, porque um homem com saúde mental deteriorada se suicida ali na Praça dos Três Poderes, usando fogos de artifício, não vai ter anistia. Que nação é essa? Que dois pesos e duas medidas são essas? — questionou.
Cúpula do G20
Em seu pronunciamento, Damares também questionou fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro, em que teria usado dados da FAO [Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação] e afirmado que “em 2014 o Brasil acabou com a fome e em 2022 a fome voltou ao Brasil”.
— Quem é a FAO diante do meu IBGE? O IBGE diz que, de 2001 a 2022, a extrema pobreza e a pobreza recuaram em todas as regiões e em especial no norte do país. Quem é a FAO para contestar os dados da Fundação Getúlio Vargas que diz que a desigualdade de renda durante a pandemia e depois, em 2022, apresentou os mínimos históricos da serie brasileira iniciada em 1976? Já a extrema pobreza atingiu, respectivamente, o segundo e o terceiro menores valores de toda a série histórica. O presidente Lula mente, e mente em um fórum internacional — afirmou.
Damares manifestou-se ainda em relação a comentário da primeira-dama Janja da Silva, que ofendeu o empresário Elon Musk durante a sua participação em evento do G20 Social, realizado também na capital fluminense.
— Faltou para a primeira-dama do Brasil bom senso, classe e juízo. A atual primeira-dama do Brasil nos envergonha, a atual primeira-dama precisa ser chamada pelo Itamaraty e a participação dela em eventos internacionais precisa ser revista – concluiu Damares.

Leia mais

Áudio: Senadores concluem votação das novas regras para as emendas parlamentares

A oposição conseguiu alterar o projeto que trata da destinação das emendas parlamentares (PLP 175/2024) e retiou do texto-base aprovado na semana passada a palavra “bloqueio”. O líder em exercício do governo, senador Otto Alencar (PSD-BA), afirmou que essa mudança fará com que apenas o Legislativo esteja livre dos bloqueios orçamentários nos momentos de aumento de despesas. O Plenário também excluiu a destinação obrigatória da metade das emendas de comissão para a saúde. Mas o senador Marcos Rogério (PL-RO) lembrou que as emendas individuais e de bancada já têm 50% dos recursos repassados para essa área. Por ter sido alterada pelos senadores, a proposta volta para a Câmara dos Deputados.

Leia mais

Para Girão, explosões na Praça dos Três Poderes foram tragédia, não atentado

O senador Eduardo Girão (Novo-CE), em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (18), lamentou o episódio com explosão de bombas na Praça dos Três Poderes, que culminou no suicídio de Francisco Wanderley Luiz em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar criticou as declarações dos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso sobre as explosões. Segundo ele, “foi uma tragédia e não um ato extremista”.
— Não foi atentado contra a instituição, contra ninguém. Foi uma tragédia que aconteceu, humana, e que o caminho sempre será a paz, nunca será o troco. O caminho é o entendimento, é a tolerância. O caminho é o diálogo — declarou.
Girão argumentou que a morte de Francisco Wanderley é resultado da indignação popular, causada por perseguição política e arbitrariedades cometidas pelo Judiciário no Brasil. Para o parlamentar, o tratamento dado aos acusados de participação nos eventos de 8 de janeiro contribuiu para o ato.
— Esses tristes acontecimentos só fazem corroborar o clima de confronto entre os extremos políticos, produzido pelas arbitrariedades e pelo crescente abuso de autoridade do ministro Alexandre de Moraes na condução do famigerado e interminável inquérito das fake news e, principalmente — eu repito — pelas aberrações jurídicas no inquérito de 8 de janeiro — concluiu.

Leia mais

Vídeo: Senadores debatem ações para evitar novas catástrofes no Rio Grande do Sul

A criação de um fundo de reconstrução e de sistemas de contenção das enchentes no Rio Grande do Sul foi sugerida pela comissão temporária do Senado que acompanha o enfrentamento da calamidade das chuvas no estado. Os senadores fizeram uma audiência pública, presidida por Paulo Paim (PT-RS), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul para tratar de reconstrução e de sistemas de contenção, entre outros desafios. Eles apresentaram um resumo dos trabalhos realizados pela comissão e ouviram dos representantes locais demandas ainda necessárias para a recuperação da região.

Leia mais

Áudio: Senado lança livro sobre impacto das inundações no Rio Grande do Sul

Os senadores Paulo Paim (PT-RS) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS) lançaram, na sexta-feira (15), dia da Proclamação da República, o livro Além da Calamidade: Respostas e Reconstrução no Rio Grande do Sul. Em 20 artigos, com apresentação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a obra é um panorama completo da destruição provocada pelas inundações nas cidades gaúchas. Os artigos foram escritos pelos senadores e também por outras autoridades, como o governador Eduardo Leite e o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta.
O lançamento aconteceu no estande da Livraria do Senado, na 70ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre.

Leia mais