Áudio: Empregados públicos terão direito à transferência para acompanhar cônjuge

O Senado aprovou nesta terça-feira (24) o projeto (PL 194/2022) que autoriza a transferência de empregado público cujo cônjuge ou companheiro tenha sido deslocado em razão da função pública. A proposta altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para permitir que empregados públicos sejam transferidos para acompanhar cônjuge ou companheiro servidor público, militar ou empregado público. Esse direito já é assegurado aos servidores públicos regidos pela Lei 8.112, de 1990. Mas os empregados públicos, que trabalham em empresas públicas e sociedades de economia mista, regidos pela CLT, não contam com o benefício. 

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Senado aprova cotas para mulheres em conselhos de estatais

Os conselhos de administração de estatais devem ter 30% das vagas de membros titulares destinadas às mulheres. Dentro dessas vagas, também haverá uma reserva para mulheres negras ou com deficiência. A mudança está no PL 1.246/2021, aprovado nesta terça-feira (24) pelo Senado. O texto, aprovado com apenas uma mudança de redação, segue para a sanção.
O projeto, da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), busca aumentar a representação da mulher nesses espaços. Dados da publicação Estatísticas de Gênero – Indicadores sociais das mulheres no Brasil, lançada pelo IBGE em 2024, mostram que elas ocupavam apenas 39,3% dos cargos gerenciais, apesar de representarem a maior parte da população.  
A votação foi conduzida pela líder da bancada feminina, senadora Leila Barros (PDT-DF). Ao passar a presidência da sessão para a senadora, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, lembrou a mobilização da bancada e de Leila para que o projeto fosse colocado em pauta.
A líder da bancada feminina agradeceu ao presidente do Senado, à senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), última relatora do projeto, que não pôde estar presente, e às colegas da bancada feminina na Casa. Leila também fez um agradecimento à autora do texto e aos coletivos femininos que participaram da mobilização pela aprovação do projeto.
— Por que nós discutimos as cotas? Porque, por mais que estudemos, por mais que nos esforcemos, por mais que, enfim, a gente mostre as nossas capacidades, as nossas habilidades, a gente não consegue avançar sem a força da lei por enquanto. Por enquanto! Se nós não estivéssemos aprovando hoje esse projeto, talvez nós tivéssemos que esperar mais uma legislatura, duas, três, quatro legislaturas, 50 anos para que isto realmente acontecesse: a garantia de 30% de mulheres nos conselhos das estatais. Isso é justiça. Isso é meritório — disse a senadora.
Regras
O  texto abrange empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias e controladas. Também são abarcadas outras companhias em que a União, os estados, os municípios ou o Distrito Federal detenham a maioria do capital social com direito a voto.
A adoção da cota para mulheres será gradual, ao longo de três anos. Mulheres deverão ocupar, no mínimo, 10% das vagas no primeiro ano, 20% no segundo e, finalmente, 30% no terceiro. Dos postos reservados, 30% serão destinados a trabalhadoras autodeclaradas negras ou com deficiência. A política de cotas deverá ser revisada após 20 anos.
De acordo com o projeto, o conselho que infringir as regras ficará impedido de deliberar sobre qualquer matéria. Apesar de a obrigatoriedade ser para estatais, o Poder Executivo fica autorizado a criar incentivos para que as empresas privadas também adotem a reserva de postos femininos.
A iniciativa exige ainda que sejam divulgadas anualmente informações sobre a presença feminina nos níveis hierárquicos tanto das estatais quanto das empresas abertas. Deverá ser publicada a proporção de mulheres nos cargos da administração, a remuneração conforme o cargo e o gênero, além da evolução desses indicadores ao longo dos exercícios dos conselhos. 
Representação
Ao se declarar favorável ao texto, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou que, infelizmente, por enquanto a participação da mulher ainda terá que ser garantida “por força de lei”, mas, no futuro, haverá quem implore para que mulheres ocupem os conselhos. Damares disse que receberá críticas do seu segmento conservador, mas lembrou que, se não houvesse cotas para mulheres no Parlamento, conservadoras como ela não teriam sido eleitas.
— Com certeza, amanhã eu estarei em todos os blogues conservadores como: “Novamente a feminista está falando”. (…) Deixe-me dizer uma coisa: se nós não tivéssemos batido o pé nos últimos 30 anos como nós batemos para chegar a esta Casa, não estaria aqui hoje uma senadora conservadora falando — argumentou.
O senador Cleitinho (Republicanos-MG) declarou seu voto favorável ao projeto e disse que, na prática, essas vagas ainda não são garantidas sem as cotas.
.— No Brasil, nós temos um país preconceituoso, homofóbico e, infelizmente, ainda machista. Quem sabe daqui a uns cem anos, duzentos anos, comece a funcionar na prática? Talvez tenha que ser através de lei para que, realmente, as mulheres possam ser mais valorizadas — sustentou o senador.
Qualificação
Durante a votação, o senador Izalci Lucas (PL-DF) afirmou que, para participar de conselhos de administração de empresas privadas, há a exigêncua de muita qualificação, ao contrário do que ocorre nas estatais, onde pode ser “qualquer um, de qualquer jeito”. Para ele, é preciso melhorar esses critérios, não só discutir uma política de cotas.
— Vou voltar favoravelmente a este projeto, mas já, a partir de hoje, vamos trabalhar no mérito para a gente votar um outro projeto, para que seja exigido, em conselhos de administração e conselhos fiscais, que haja pré-requisitos fundamentais para uma boa administração de empresa — disse Izalci, que recebeu o apoio do senador Magno Malta (PL-ES).
O senador Eduardo Girão (Novo-CE)  afirmou que o estabelecimento de cotas é uma discriminação contra as mulheres. Para ele, esse instrumento é retrógrado.
— Eu tenho uma visão um pouco diferente porque eu acredito que, a partir do momento em que a gente coloca cota, seja lá para qualquer tipo de situação, nós estamos discriminando — disse o senador.
A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) afirmou que os homens deveriam apoiar a mudança e não ter medo da ascensão das mulheres. Para ela, votações como esta revelam aos brasileiros como pensam os parlamentares.
— Entendo que se não discutirmos isso, se não houver propostas sobre isso, emendas sobre essa temática, nós jamais conseguiremos entender realmente a opinião dos nossos colegas e o Brasil não terá oportunidade de saber como pensam os 81 senadores e senadoras e os 513 deputados e deputadas federais. Essa discussão é de extrema importância —  avaliou a senadora.

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Alerta sobre os riscos no uso de plataformas digitais é tratado em projeto

Os serviços digitais de compartilhamento ou disseminação de conteúdo que tenham mais de um milhão de usuários poderão ser obrigados a veicular campanhas educativas sobre os riscos das plataformas, como estabelece projeto apresentado pelo senador Flávio Arns (PSB-PR).
De acordo com o PL 2.656/2025, as campanhas deverão chamar a atenção dos usuários para a necessidade de verificação de informações, a possibilidade de manipulação de imagens e vídeos, a identificação de fraudes e golpes e a proteção da privacidade online, entre outras informações.
Arns ainda sugere alertas obrigatórios sobre os riscos do uso excessivo dos serviços online para a saúde mental dos usuários e as estratégias de uso consciente da internet para evitar a dependência digital. Caberá a uma autoridade nacional, a ser designada, a elaboração da lista de empresas, nacionais e estrangeiras, enquadradas no conceito de plataforma digital.
Para o senador, o projeto é uma resposta à preocupação crescente com os impactos negativos dos serviços online e destina-se a “auxiliar os usuários a tomar decisões mais conscientes” e reduzir comportamentos nocivos para a sociedade. Ele citou outros setores em que medidas impositivas de informação já proporcionam resultados positivos.
“A proposta é fundamentada na premissa de que as plataformas digitais, como meios de grande alcance e relevância pública, devem adotar uma postura ativa na promoção responsável de seus serviços, assim como já ocorre em outras áreas da economia, como alimentos, bebidas alcoólicas, tabaco e medicamentos”, justifica Arns. “Em última instância, busca-se criar um ambiente digital mais saudável, em que os usuários interajam de maneira mais consciente e responsável, enquanto as plataformas assumem sua devida responsabilidade na construção e manutenção desse ambiente”, acrescenta.
O parlamentar disse que o projeto se alinha com os compromissos assumidos pelo Brasil na Agenda 2.030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele  citou recomendação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para a educação em cidadania digital nos países-membros, e o guia global da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que também indica a capacitação crítica dos usuários como princípio orientador da regulação digital.
O projeto aguarda distribuição para análise pelas comissões temáticas da Casa.

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Vídeo: Senado vota cotas femininas em estatais e licença para cônjuge no setor público

Mulheres podem ter direito a 30% de vagas nos conselhos de administração das empresas estatais. É o que prevê o PL 1.246/2021, que está na pauta do Plenário desta terça (24). Na mesma sessão, os senadores podem decidir sobre a licença para empregados públicas acompanharem cônjuges (PL 194/2022), além de novas regras sobre a qualidade da alimentação escolar (PL 2.205/2022).

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Vídeo: Após novas enchentes no Rio Grande do Sul, Paim cobra construção de diques

Após as novas enchentes no Rio Grande do Sul, na última semana, o senador Paulo Paim (PT-RS), que foi presidente da comissão externa do Rio Grande do Sul, criada logo após as enchentes do ano passado, cobrou a construção de diques para conter as águas. O parlamentar lembrou que, em 2024, o Congresso atuou para liberar recursos federais para o Estado e afirma que muitas medidas de contenção ainda não saíram do papel. Nos últimos dias, mais de 120 municípios gaúchos foram afetados e quatro pessoas morreram.

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Áudio: Relator, Esperidião quer avaliar sugestões para regras sobre compartilhamento de postes

A Comissão de Infraestrutura (CI) deve votar na próxima semana o projeto (PL 3.220/2019) do senador Weverton (PDT-MA) que uniformiza as regras para o compartilhamento de infraestrutura entre distribuidoras de energia elétrica, prestadoras de serviços de telecomunicações e empresas do setor de petróleo. O senador Esperidião Amin (PP-SC) já apresentou o seu relatório, que é favorável à aprovação. No entanto, o relator pediu prazo para avaliar novas sugestões encaminhadas a ele por entidades do setor.

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Romário cobra Itamaraty sobre resgate de brasileira que caiu em trilha na Indonésia

Em nota à imprensa divulgada nesta segunda-feira (23), o senador Romário (PL-RJ) comunicou o envio de um ofício ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) no qual pede “a mobilização imediata da Embaixada do Brasil em Jacarta junto às autoridades locais da Indonésia para garantir prioridade nas buscas por Juliana Marins”. Moradora de Niterói (RJ), Juliana sofreu um acidente durante uma trilha no Monte Rinjani no sábado (21), caiu em uma área isolada, de difícil acesso e está sem socorro desde então.
Romário também pede à diplomacia brasileira que “ofereça apoio consular efetivo à família da brasileira, com orientações, interlocução com as autoridades e acompanhamento próximo do caso”. Ele também informou que pediu ajuda à Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado.
“Estou acompanhando com atenção o desenrolar das buscas e cobrando agilidade do governo brasileiro no auxílio à Juliana e no apoio direto à sua família, que vive dias de angústia e incerteza. É essencial uma atuação rápida e eficaz do Estado para proteger os direitos dos brasileiros no exterior e garantir apoio em momentos tão delicados. Assim como milhões de fluminenses e brasileiros, estou profundamente comovido com o drama enfrentado pela Juliana e sua família. Mas a esperança segue viva. O Brasil está com você, Juliana!”, afirma o senador no comunicado.

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Áudio: Comissão vai debater problemas enfrentados por mulheres frentistas

As condições de trabalho das mulheres frentistas no Brasil serão discutidas na Comissão de Direitos Humanos (CDH). Autor do pedido de audiência pública, o senador Paulo Paim (PT-RS), disse que informações da federação que representa os empregados de postos de combustíveis do país apontam a existência de denúncias de insalubridade, desamparo e assédio sexual por parte das trabalhadoras frentistas. A data da audiência pública ainda será agendada.

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CDH vai discutir projeto que destina 25% do FNCA à primeira infância

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) discute nesta quarta-feira (25), a partir das 11h, proposta da Câmara dos Deputados que destina pelo menos 25% dos recursos do Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente (FNCA) a projetos e programas para a primeira infância (PL 5.148/2019). A faixa compreende desde o nascimento até os seis anos de idade.
Em seu parecer favorável, a senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) argumenta que o projeto está adequado à garantia de proteção dessa faixa etária e às obrigações públicas nessa questão.
“A prioridade absoluta em assegurar os direitos da criança implica o dever do Estado de estabelecer políticas, planos, programas e serviços para a primeira infância que atendam às especificidades dessa faixa etária, visando a garantir seu desenvolvimento integral”, justificou a parlamentar.
O FNCA foi previsto na  Lei 8.242, de 1991, que também criou um conselho nacional para administrar os recursos. Entre as suas fontes de receita estão as contribuições para dedução no imposto de renda, o Orçamento da União, e rendimentos de aplicações financeiras. Qualquer empresa em atividade no Brasil, em dia com as obrigações tributárias e legais, pode contribuir com o Fundo.
Demais itens
A reunião tem quatorze itens na pauta. Seis deles são projetos de lei que ainda terão que ser discutidos e votados em outras comissões.  
Entre os projetos previstos estão o que cria a semana nacional da maternidade atípica (PL 561/2024) e o que determina a adoção de práticas de construção sustentável em prédios públicos (PL 4.936/2024).  Duas propostas que podem ser votadas buscam proteger a pessoa idosa.  Uma propõe o aumento da punição de crimes contra pessoas idosas hipervulneráveis, aquelas com mais de 80 anos de idade ou com deficiência (PL 4.472/2020), e outra que busca estabelecer garantias de acesso ao mercado de crédito e de financiamentos para idosos titulares de bens móveis e imóveis (PL 4.802/2023).
Há ainda requerimentos para audiências públicas. Entre elas, com as ministras Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas; Esther Dweck, da Gestão e da Inovação e Anielle Franco, da Igualdade Racial, para discutir ações nas respectivas áreas. Também há pedidos de audiência para tratar da regulamentação da psicoterapia, dos direitos do trabalhador e da população em situação de rua. Além  disso, a pauta prevê uma sugestão de transferência de recursos do Fundo Partidário para o combate à covid-19.

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