Nesta terça-feira (12), o Senado fará a entrega da Comenda Santa Dulce dos Pobres a sete pessoas e instituições que prestaram relevantes serviços na área social da saúde. O início da sessão de entrega do diploma de menção honrosa está previsto para as 10h, em Plenário.
Serão agraciados na sessão:

Santa Dulce dos Pobres (in memoriam)
Henrique Duarte Prata, diretor e idealizador do Hospital de Amor (antes conhecido como Hospital de Câncer de Barretos);
Frei Hans Stapel, considerado “o pai” da Fazenda da Esperança, comunidade que começou como centro de recuperação para dependentes químicos e se tornou uma entidade ligada à Igreja Católica;
Comunidade Filhos da Misericórdia – Fundação São Padre Pio de Pietrelcina (PB);
Fundação Altino Ventura (PE);
Associação Peter Pan (CE);
Obra Social Dona Meca (RJ).

A Comenda Santa Dulce dos Pobres foi criada em 2020 por iniciativa do senador Eduardo Girão (Novo-CE). O diploma é entregue anualmente a pessoas ou empresas que prestaram relevantes serviços na assistência à saúde.
A indicação dos candidatos a receberem a homenagem pode ser feita por qualquer senador, desde que apresente justificativa ressaltando os méritos do concorrente.
A indicação é avaliada e apreciada pelo Conselho da Comenda Santa Dulce dos Pobres, composto por um senador de cada partido político com assento no Senado.
A comenda reconhece a atuação da religiosa brasileira que ficou mundialmente conhecida por dedicar sua vida a ajudar os doentes e os mais necessitados. A iniciativa também busca incentivar iniciativas de apoio social por parte da população.
Irmã Dulce foi canonizada pelo Papa Francisco em 2019, tornando-se a primeira santa brasileira.
Biografia
Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, conhecida como Irmã Dulce, nasceu em Salvador, em 26 de maio de 1914. Desde sua adolescência, manifestou a vocação para trabalhar em benefício dos mais pobres. Aos 13 anos, ao visitar áreas carentes de Salvador na companhia de uma tia, manifestou o desejo de se dedicar à vida religiosa. A jovem transformou a casa da própria família em centro de atendimento para mendigos e doentes.
Aos 18 anos, juntou-se à Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão (SE). Aos 20 anos foi ordenada freira, quando passou a se chamar Irmã Dulce Lopes Pontes, em homenagem à sua mãe.
Em 1959, a freira baiana fundou a Associação Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), que abrigaria tempos depois o Hospital Santo Antônio, referência na assistência à população carente no estado da Bahia. Atualmente, a instituição possui mais de mil leitos e atende diariamente 4 mil pessoas.
Irmã Dulce morreu em 13 de março de 1992. Em 2009, o Vaticano reconheceu as “virtudes heroicas” da religiosa, autorizando oficialmente a concessão do título de venerável. Ou seja, o reconhecimento de que Irmã Dulce viveu, em grau heroico, as virtudes cristãs da fé, esperança e caridade.
Ao ser beatificada, em 2011, passou a ser reconhecida como Bem-Aventurada Dulce dos Pobres. Em 2019, a beata foi canonizada recebendo o título de Santa Dulce dos Pobres.